28/12/2013

O MEU PAÍS ATRAVÉS DOS TEUS OLHOS - Concerto de Encerramento da Exposição de Cristina Rodrigues, com Ana Laíns dia 10 de Janeiro no MNA

Carregue na imagem para ampliar


O MEU PAÍS ATRAVÉS DOS TEUS OLHOS - Concerto de Encerramento
da Exposição de Cristina Rodrigues, com Ana Laíns dia 10 de Janeiro no MNA



No próximo dia 10 de Janeiro de 2014, pelas 21h30 terá lugar o concerto de encerramento da exposição 'O Meu País Através dos Teus Olhos' pela voz iconfundível de Ana Laíns. A intérprete portuguesa comemora 15 anos de carreira durante o ano de 2014. Depois dos albúns "Sentidos" em 2006 e "Quatro Caminhos" em 2010, a cantora prepara o 3º álbum em nome individual com lançamento previsto para o 1º trimestre de 2015, com selo da editora holandesa Coast to Coast.

Apelidada de "Diva de um Fado Diferente" pela imprensa grega, de "voz sublime" pelo cantor britânico Boy George (dueto com a cantora em 2009), e tendo conquistado a imprensa holandesa que nomeia "Quatro Caminhos" como sendo um dos dez melhores álbuns de World Music do Ano em 2011, Ana Laíns entra em 2014 com um concerto de prestígio que terá como palco o Museu Nacional de Arqueologia no âmbito do encerramento da exposição "O Meu País Através dos Teus Olhos" da talentosa artista plástica Portuguesa Cristina Rodrigues sedeada em Manchester, no Reino Unido. Desde 19 de Setembro de 2013, seis instalações de arte contemporânea concebidas por Cristina Rodrigues habitam no Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos.


Ao percorrermos os calmos corredores do Museu, vamo-nos deparando com as peças idealizadas pela artista, cuja presença nos surpreende, numa analogia aos seres sobrenaturais que povoavam as histórias de José Leite Vasconcelos, fundador do MNA. Todas as peças foram construídas a partir de objectos obsoletos recolhidos no estaleiro do Município de Idanha-a-Nova e que fazem parte de uma memória colectiva desta população, estas peças envolvem diversos materiais e detalhes, onde tudo tem um significado muito próprio e nada está ali por acaso.

A exuberância da cor e texturas de rendas (fornecidas pela Fábrica de Rendas Portuense), fitas de cetim e de seda recobrem as instalações numa vanitas de luz e cor. “Quero, com as minhas peças, contar histórias sobre objectos que fazem parte da vida do português comum, objectos que apelam a uma memória mais colectiva”, explica a artista e arquitecta.

O Cristina Rodrigues Studio em Manchester está neste momento a preparar a tour mundial de exposições para 2014 e 2015. O próximo destino é Berlim já em Março de 2014.

20/12/2013

MENSAGEM A PROPÓSITO DA PASSAGEM DO 120º ANIVERSÁRIO SOBRE A FUNDAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA




Carregue nas fotos para ampliar


Esta mensagem destina-se a recordar a todos que, precisamente hoje, passam 120 anos sobre a data que consta no Decreto que criou o Museu Nacional de Arqueologia.

Assim, ontem, o Museu Nacional de Arqueologia apresentou no Átrio Principal da Assembleia da República, e no âmbito de uma parceria institucional, a exposição "José Leite de Vasconcelos: Vida e Obra", a partir de pesquisa documental efectuada pela Dr. Lívia Cristina Coito, a qual ficará patente ao público até dia 18 de Março de 2014.

Com o simbolismo próprio do acto, assinalou-se a passagem dos 120 anos sobre a publicação do Decreto Régio de 22 de Dezembro de 1893, datado de 20 de Dezembro, proposto por Bernardino Machado e João Franco, que criou o então Museu Etnográfico Português - primeira designação do Museu Nacional de Arqueologia - dando resposta à entusiasta e persistente proposta do Dr. José Leite de Vasconcelos.

Encerrou-se pois formalmente, e com todo o significado, o programa de comemorações iniciado a 7 de Janeiro de 2013, com a exposição documental inaugurada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Durante a sessão na Assembleia da República foi ainda apresentado o suplemento nº 8 d'O Arqueólogo Português intitulado Manuel Heleno: pioneiro do ensino e da investigação arqueológica em Portugal (1923-1964), da autoria de João Luís Cardoso (ed.), Luís Raposo, Nuno Bicho e Carlos Fabião, editado no âmbito do protocolo de colaboração entre a Direcção Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia e a Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Durante a sessão, e sob a presidência do Deputado Dr. Abel Baptista, Presidente da 8ª Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, usaram da palavra os representantes das instituições envolvidas – Drª Isabel Cordeiro, Directora-Geral do Património Cultural, Dr. António Osório, Presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional Casa da Moeda, e o Prof. Doutor João Luís Cardoso, coordenador da edição, além do signatário - bem como o Dr. Manuel Heleno, filho daquele que foi o segundo Director do Museu Nacional de Arqueologia.

Está entretanto em preparação no Museu Nacional de Arqueologia um programa de conferências a apresentar ao Museu da Assembleia da República, com o objectivo de se virem a tratar, em formato de conferências a realizar por reputados especialistas, alguns dos temas aos quais o Doutor José Leite de Vasconcelos se dedicou durante a sua vida, e que será oportunamente divulgado, o que permitirá revistar a exposição.

Posso, desde já, anunciar que iniciamos 2014 com a 2ª edição do “Dia do Investigador do MNA”, que se realizará no Museu, no dia 13 de janeiro, durante todo o dia, reunindo mais de vinte investigadores como palestrantes, pertencentes a distintas universidades e instituições, e que apresentarão publicamente os trabalhos que desenvolvem com recursos às colecções arqueológicas, bem como ao acervo documental que se conserva no Museu Nacional de Arqueologia.

Aproveito para desejar a todos, bem como às vossas famílias, votos de uma quadra muito feliz.

António Carvalho

Diretor

18/12/2013

Convite para a inauguração da exposição "José Leite de Vasconcelos: Vida e Obra" na Assembleia da República dia 19 de Dezembro às 14h.


Carregue na imagem para ampliar


O Museu Nacional de Arqueologia, em parceria com a Assembleia da República, apresenta a exposição "José Leite de Vasconcelos: Vida e Obra" que será inaugurada no Átrio Principal do Parlamento no próximo dia 19 de Dezembro, pelas 14h00, ficando patente ao público até dia 18 de Março de 2014.



Com o simbolismo próprio do ato, assinala-se nesta ocasião a passagem dos 120 anos sobre a publicação do Decreto Régio de 22 de Dezembro de 1893, datado de 20 de Dezembro, proposto por João Franco e Bernardino Machado, que criou o então Museu Etnográfico Português - primeira designação do Museu Nacional de Arqueologia - dando resposta à entusiasta proposta do Dr. José Leite de Vasconcelos.



Encerra-se assim formal e significativamente o programa de comemorações iniciado em 7 de Janeiro de 2013 com a exposição documental inaugurada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, programa a que se associarão ainda, todavia, algumas atividades a realizar até ao final do corrente ano e em inícios do próximo, como é o caso da importante exposição “O tempo resgatado ao mar” que assinala a passagem de trinta anos sobre o nascimento da Arqueologia Náutica e Subaquática em Portugal, enquanto disciplina científica e competência orgânica do Estado, que também teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia.



Durante a sessão na Assembleia da República será apresentado o suplemento nº 8 d'O Arqueólogo Português intitulado Manuel Heleno: pioneiro do ensino e da investigação arqueológica em Portugal (1923-1964), de João Luís Cardoso (ed.), Luís Raposo, Nuno Bicho e Carlos Fabião, editado em parceria entre a Direção Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia e a Imprensa Nacional Casa da Moeda. Esta edição vem completar o conhecimento da figura deste arqueólogo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Diretor do Museu Nacional de Arqueologia entre 1930 e 1964, juntando-se assim à recentemente editada Fotobiografia de Manuel Heleno, da autoria de Alice Borges Gago, Carla Martinho e Luís Raposo. Com estas duas novas edições - impressas graças ao apoio da INCM - dispomos de mais duas obras de referência para o conhecimento da história da Arqueologia em Portugal no século XX.






















12/12/2013

Sessão de Natal do GAMNA



O GAMNA, Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia e a ACAPE, Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto, promovem no dia 17 do corrente, pelas 18h30, a Sessão de Natal, com um concerto de gaita de foles, pela Orquestra de Foles. A entrada é livre para os membros do GAMNA.

11/12/2013

Peça do Mês de Dezembro

A peça do mês

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.

Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as peças etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.

O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como “tesouros nacionais”.

Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional de Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa, e renovadamente no ano de 2013, em que o MNA celebra o seu 120º aniversário de fundação.


A Peça do Mês de Dezembro
A apresentar por Nuno Simões Rodrigues, em 14 de Dezembro de 2013 às 15h

A MULHER DE MILREU



A peça registada no inventário do MNA com o número 18208 (= 994.6.3) é conhecida como a «cabeça de Milreu» ou simplesmente «retrato de mulher». Trata-se de uma peça de escultura romana, uma cabeça feminina em mármore branco, datada do final do século I, inícios do século II d.C. A escultura foi encontrada por Estácio da Veiga nas termas de Milreu, perto de Faro, e depois de ter incorporado o acervo do museu da capital algarvia transitou para o Museu Nacional de Arqueologia.
            Logo nos primeiros trabalhos publicados sobre esta peça, foi destacada a beleza da mesma, bem como a sua especificidade, derivada sobretudo do penteado em «ninho de vespa», tal como lhe chama a bibliografia portuguesa», ou em «topete», como o classificam os estudos anglo-saxónicos, germânicos e franceses. Com efeito, a «mulher de Milreu» ostenta um penteado dividido em duas secções, em que, numa delas, o cabelo sobressai na parte frontal da cabeça, na forma de um diadema constituído por três fileiras de caracóis sobrepostos, enquanto a parte de trás se forma com uma «mecha de cabelo enroscado em carrapito sobre a nuca, descobrindo as orelhas» Os anéis obtinham-se com recurso a uma vara de encaracolar e mantidos com uma aplicação de cera de abelha. O topete era mantido no seu lugar com o auxílio de uma fita de couro na parte de trás.
            Segundo o estudo de J. L. de Matos, a parte que resta deveria fazer parte de um busto, representando uma personagem anónima. Na ficha que se inclui no catálogo da exposição «Religiões da Lusitânia», Cardim Ribeiro nota ainda que esta peça é a evidência da forma como as elites municipais da Lusitânia meridional se relacionavam, nos séculos I e II d.C., com as elites imperiais, adoptando tendências e seguindo modas, buscando dessa forma o prestígio, pelo facto de as mesmas transmitirem a ideia de proximidade ao poder.
            Na verdade, a representação que hoje podemos ver no MNA corresponde a um figurino razoavelmente presente em vários museus europeus. Os penteados com topete, particularmente notórios e conhecidos no quadro cultural romano, têm sido associados sobretudo ao período flaviano, mas teriam sido usados até pelos menos aos anos 20 do século II d.C. (épocas trajânica e adriânica).
            Cardim Ribeiro caracteriza o retrato como a figuração de uma jovem mulher que exibe um penteado típico da época tardo-flávia, «influência de Júlia, filha de Tito e esposa de Domiciano». Com efeito, alguns autores afirmam que a moda destes penteados teria sido iniciada por membros da casa imperial, designadamente Júlia Titi (65-91 d.C.) e Domícia Longina (?-140 d.C.), respectivamente a filha de Tito (39-81 d.C.) e a mulher de Domiciano (51-96 d.C.). Daí que, partindo dos princípios do «retrato verista» romano, a esmagadora maioria das figuras assim representadas fosse identificada com as duas princesas imperiais. Outros estudos, alguns mais recentes, porém, têm concluído que algumas das representações até aqui identificadas como as mulheres da família imperial serão, na verdade, retratos privados e anónimos.

10/12/2013

14º ciclo de conferências Arqueologia e Antropologia... territórios de fronteira



No próximo dia 13 do corrente, pelas 18h, realizar-se-á no MNA, o 14º Ciclo de Conferências "Arqueologia e Antroplogia... Territórios de Fronteira.

Usarão da palavra Sandra Assis, da Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - Centro de Investigação em Antropologia e Saúde,e Ana Cristina Araújo, da Direcção Geral do Património Cultural.

09/12/2013

Lançamento do livro "Fenícios e púnicos, por terra e mar I"



No próximo dia 12 do corrente, integrado nas comemorações do Museu Nacional de Arqueologia, realiza-se  pelas 18h, no Salão Nobre do MNA, o lançamento do livro "Fenícios e púnicos, por terra e mar, I", editado pela Professora Ana Margarida Arruda.

04/12/2013

II Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo





Iniciam-se hoje, dia 4 de Dezembro, as II Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo. Estas contam com mais de uma centena de participantes de Portugal e de Espanha.




03/12/2013

Homenagem a Jürgen Untermann

Decorreu no Museu Nacional de Arqueologia, conforme noticiado neste blogue no dia 26 do passado mês de Novembro de 2013, uma singela homenagem ao insigne epigrafista alemão Jürgen Untermann, por ocasião do seu 85º aniversário de nascimento (Rheinfelden, 24 de Outubro de 1928 - Brauweiler, 7 de Fevereiro de 2013).

Após a apresentação da sinopse biográfica pelo Mestre Pedro Marques, seguiu-se a conferência a cargo do Prof. Doutor Amílcar Guerra, precedida por uma sessão de perguntas e resposta por parte do público assistente.





Recorde-se que este ilustre investigador foi especialista nos estudos das línguas paleohispânicas, designadamente as línguas Lusitana, Ibérica e Celtibérica.

26/11/2013

Homenagem a Jürgen Untermann (1928-2013)

Homenagem a Jürgen Untermann (1928-2013)



Jürgen Untermann, foi um epigrafista alemão de renome internacional, especialista nos estudos das línguas paleohispânicas, designadamente as línguas Lusitana, Ibérica e Celtibérica, que, se fosse vivo, completaria no passado dia 24 de Outubro a idade de 85 anos.

O Museu Nacional de Arqueologia, instituição de referência da Arqueologia portuguesa, concretiza no próximo dia 27 de Novembro, às 18 horas, uma singela sessão de homenagem a este insigne erudito, a quem os estudos científicos epigráficos da Península Ibérica muito devem.

A sessão contará com a participação de Pedro Marques que apresentará uma sinopse biográfica do homenageado a que se seguirá uma conferência a cargo do Prof. Doutor Amílcar Guerra, que trabalhou com o Professor Untermann, e que tem como título "Jürgen Untermann e as línguas hispânicas".

A sessão, a não perder,  é aberta a todos, designadamente a investigadores e alunos das licenciaturas em Arqueologia e em História e terá lugar no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia, no próximo dia 27 de Novembro, às 18 horas.

25/11/2013

Painel-Debate de Fotografia e Arqueologia



Realiza-se no Museu Nacional de Arqueologia, no dia 26 do corrente, pelas 18h 00, um Painel-Debate com José Pessoa e Luís Raposo, subordinado ao tema Fotografia e Arqueologia.

II Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo




Decorrerão no Museu Nacional de Arqueologia, entre os dias 4 e 7 de Dezembro, as II Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo. Nestas jornadas usarão da palavra diversos especialistas dos diversos períodos históricos. 


Consultar aqui o programa detalhado.

21/11/2013

Semana da Ciência e da Tecnologia




Decorre entre 18 e 24 de Novembro a 15.ª edição da Semana da Ciência e da Tecnologia 2013 que culmina no dia 24 de Novembro com a comemoração do Dia Nacional da Cultura Científica. Promovida pela Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, tem como objectivo proporcionar ao público em geral a participação em actividades científicas em todo o país, convocando um vasto leque de instituições a associar-se ao evento.

O Museu Nacional de Arqueologia participará com uma jornada de portas abertas, convidando o público a conhecer o trabalho desenvolvido no Laboratório de Conservação e Restauro do Museu Nacional de Arqueologia (LCR - MNA) em conversa e demonstrações orientadas pelas conservadoras-restauradoras Margarida Santos e Rita Matos. O LCR - MNA ocupa-se da conservação e restauro de espólio arqueológico pertencente ao acervo do MNA ou de outras entidades, no âmbito de planos de actividades e de programas gerais de cooperação interinstitucional. Intervém em matéria de conservação e restauro de objectos metálicos, cerâmicos, líticos, vítreos, orgânicos ou outros.

As visitas terão lugar no dia 23 de Novembro (sábado), entre as 15h00 e as 17h00 (três sessões, das 15h00 às 15h30, das 15h45 às 16h15 e das 16h30 às 17h00), sob marcação prévia obrigatória através do e-mail laboratorio@mnarqueologia.dgpc.pt, dependendo a sua realização de um número mínimo de 6 (seis) participantes. As inscrições para as sessões de dia 23 terminam 5.ª feira, 21de Novembro.

O local de encontro é a recepção da entrada principal do museu. No sítio na internet da Agência Ciência Viva poderá consultar todos os eventos da Semana da Ciência e da Tecnologia 2013.  

19/11/2013

Curso de Introdução - "Pompa Mughal, Circunstância Indiana; esplendores da dinastia Mughal no subcontinente indiano"

CURSO DE INTRODUÇÃO

POMPA MUGHAL, CIRCUNSTÂNCIA INDIANA”

29 e 30 de Novembro de 2013



Álvaro Figueiredo



POMPA MUGHAL, CIRCUNSTÂNCIA INDIANA: esplendores da dinastia Mughal no subcontinente indiano



 Dias 29-30 de Novembro, das 10h00 às 17h30, Museu Nacional de Arqueologia

Babur, um príncipe de Ferghana no Uzbequistão, descendente de Timur e de Jenghis Khan, fundou uma dinastia de imperadores que governaram uma grande parte do Afeganistão e do subcontinente indiano durante os séculos XVI-XVIII, e que foram descritos pelos seus contemporâneos portugueses e europeus como Grandes Mughal. Durante o decorrer deste curso de dois dias, teremos oportunidade de reviver a pompa e o esplendor da Corte Mughal através da literatura, arte e arquitectura de um dos períodos mais gloriosos da história do subcontinente. Diários e outras obras literárias de alguns soberanos e membros da sua família, revelam-nos dados importantes sobre a vida de indivíduos de um enorme talento e de uma grande sofisticação artística e intelectual, com uma profunda paixão pelas artes, ciências e religião. O curso desenvolve-se em torno do reinado dos seis primeiros grandes imperadores (Babur, Humayun, Akbar, Jahangir, Shah Jahan e Aurangzeb) entre o nascimento de Babur, em 1483, e a morte de Aurangzeb em 1707, documentado por textos literários da época, pela arte da iluminura de manuscritos Mughal, por relatos contemporâneos de viagem e por exemplos da arquitectura Mughal. Teremos ainda oportunidade de observar como entre os membros mais notáveis da família imperial se encontravam algumas das suas mulheres, tal como Gulbadan, irmã de Humayun, autora do Humayun-nama, ou Nur Jahan, esposa de Jahangir, mulher de uma enorme sofisticação e poder político, ou ainda a culta Jahanara, filha de Shah Jahan, autora de várias obras literárias e mecenas das artes e da arquitectura. O curso termina com uma perspectiva sobre o reinado do último soberano, Bahadur Shah II “Zafar”, que, fiel à tradição dos seus antepassados Mughal, foi um grande poeta e místico, tendo presidido a um período de renascimento literário e musical durante o qual floresceram os últimos grandes poetas de tradição Mughal, como Mirza Ghalib. Em 1857, a sua deposição pelos britânicos, seguida de um êxilio forçado no ano seguinte, marcou o fim da dinastia Mughal e de uma época única na história do subcontinente indiano.



Organização: GAMNA
Local: Sala Bustorff do Museu Nacional de Arqueologia, Praça do Império, Lisboa

Custo: 75,00 euros;
50,00 euros para membros do GAMNA / CNC / SPE
35,00 euros para estudantes e 2ºs familiares de membro do GAMNA

Inscrição/lugares limitados

Informações/Inscrições
D. Adília Antunes

Tel. 21 3620000; 
Fax. 21 3620016
E-mail: grupoamigos@mnarqueologia.dgpc.pt

Peça do mês de Novembro


O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.
Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as peças etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.
O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como “tesouros nacionais”.
Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional de Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa, e renovadamente no ano de 2013, em que o MNA celebra o seu 120º aniversário de fundação.

A peça do mês

Serpente solarizada, nº inv. E 191 (cat. 73) – Egipto antigo


A apresentar por José Sales, em 23 de Novembro  de 2013 às 15h




As representações serpentiformes e os cultos ofiolátricos são fenómenos frequentes nas terras onde se desenvolveram as civilizações do Médio Oriente antigo. Como animal que se esconde na terra e que muda de pele, é habitual a serpente ser associada nessas civilizações à actividade agrária, à fertilidade, à regeneração e à imortalidade, assumindo um lugar de relevo nas suas crenças, mitos, práticas de magia e encantamentos.
No Egipto antigo, onde se distinguiam 37 tipos de serpentes, a serpente (hefau) não era mais do que a materialização da incarnação de um poder sobre-humano com força destruidora, sendo também símbolo de uma ideia de poder, imortal, do mal. A serpente era, por isso, um signo polivalente que se socorria de uma linguagem simbólica, mais ou menos complexa, para exprimir as suas várias facetas.
Uma das vertentes mais exploradas no âmbito da mitologia egípcia explora a sua relação com o Sol, sendo a mordedura do animal associada à queimadura solar. Resultado de esta associação produzida pela cosmovisão egípcia, a serpente é um ornamento profiláctico ao serviço dos deuses, do faraó e das próprias construções arquitectónicas. A serpente é mesmo o animal mais representado na antiga arte egípcia.
São numerosos os exemplos de divindades-serpente que se podem encontrar na mitologia egípcia, zoomorfas ou bimórficas (corpo humano com cabeça animal ou mesmo corpo animal com cabeça humana): Uadjit, Meretseger, Renenutet, Hetepes-Sekhus, Upset, Apopis, Neheb-Kau, Agathodaimon, as deusas com cabeça de serpente da Ogdóade hermopolitana (Nunet, Hehet, Kuket e Amonet), etc.
A serpente «em posição de alerta» (em egípcio iaret; em latim uraeus), excitada, pronta a desferir o seu ataque, com ou sem disco solar, constitui um motivo iconográfico-artístico com inúmeras utilizações e representações, praticamente desde o início da história egípcia até ao período romano.
O Além egípcio, tal como nos é apresentado pelas decorações dos túmulos do Vale dos Reis, estava repleto de serpentes, algumas gigantescas, com braços, pernas, cabeças humanas, asas, cuspindo «fogo».
A uraeus solarizada do MNA, de pescoço tumefacto, em madeira pintada, com 16 cm de altura por 4,3 cm de largura, datada dos séculos XI-VIII a.C.  (III Período Intermediário), apresenta as suas cores já muito esbatidas. No entanto, a simbologia das cores e dos materiais constitui também um elemento de destaque no âmbito da dimensão simbólica que este animal-signo apresentava no antigo Egipto. Esta vertente é particularmente importante na joalharia e nos relevos pintados.