31/10/2014

Conferência "O Projeto de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa"



O Museu Nacional de Arqueologia e o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural, promovem o Ciclo de Debates Conversas a Bordo, dedicado a esta ciência e dirigido a todos os especialistas, profissionais e públicos interessados.

Hoje, dia 31 de Outubro, Sexta-feira, às 18h00, será realizada a conferência “O Projeto de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa” pelo Comandante Aldino Santos de Campos, responsável da Estrutura de Missão da Extensão da Plataforma Continental.

27/10/2014

Peça do mês de Novembro

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.

Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas mais recentes, neste caso com relevo para as peças etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.

O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como "tesouros nacionais".

Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional da Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa.


PEÇA DO MÊS COMENTADA
Estátua de Guerreiro E 3398 (cat.24)
Outeiro de Lezenho, Boticas, Vila Real

A apresentar por Thomas Schattner, dia 8 de Novembro de 2014, às 15h





A estátua de guerreiro, sobre o qual se centra a nossa atenção, pertence ao grupo tipológico dos guerreiros lusitano-galaicos, que estão entre os maiores monumentos que o MNA possui.

Este grupo tem vindo ultimamente a ganhar novo protagonismo na investigação devido à ligação que evidentemente tem com estátuas do centro da Europa, pertencentes à escultura monumental celta, evidenciando assim conexões através de toda a Europa em época precoce. Os achados sensacionais destas esculturas celtas, que se conheceram também através da imprensa internacional, tal como as estátuas em tamanho natural do Glauberg, no país de Hesse/Alemanha ou o "Homem de Hirschlanden" bem como o "Guerreiro de Capestano" (Alemanha/Itália) propulsionaram a investigação e colocaram o tema da escultura monumental celta novamente no centro das atenções. Há perguntas sobre a sua difusão, sobre a formação de grupos regionais (estilos regionais), sobre os contextos, as dependências e nem por último, sobre os critérios para uma datação.

Trata-se de figuras masculinas de pé em tamanho sobrenatural feitas de granito grosso. São caracterizadas como guerreiros através do escudo redondo que sustêm à sua frente, da espada curta, bem como do capacete apertado. A base da figura é formada por um plinto ou zócalo. Os braços mantêm-se junto ao corpo, as pernas esticadas. Usam uma vestimenta curta, tipo camisa que acaba por cima dos joelhos. No pescoço trazem um anel aberto com as pontas engrossadas (torques). A expressão da cara é imutável. Além destes paralelismos formais com a escultura céltica, existem outros como a erecção da estátua ou a colocação das estátuas em pares.

Realmente surpreendente é a execução uniforme, tanto quanto se refere ao seu tamanho, como à sua difusão, uma vez que se encontram no Norte de Portugal e na Galiza numa região pequena a norte do rio Douro até Pontevedra.

Por diversas razões, as estátuas não receberam no passado a atenção científica que lhes cabe. Depois da primeira menção feita por Emil Hübner, na Archäologische Zeitung de 1861, a investigação arqueológica só começou a dedicar-se a elas de uma forma efémera a partir de princípios do século XX. A partir daí formou-se uma opinião que as data em época romana, sobretudo devido às inscrições latinas, que se encontram em alguns dos mais dos 30 exemplares conhecidos, e que foram o motivo porque Hübner se interessou pelos guerreiros lusitano-galaicos. No entanto, recentes observações permitem uma maior precisão na datação, pelo que se mostra claramente a sua origem pré-romana e parcial reutilização por meio da aplicação das mencionadas inscrições em época romana.


Museu Nacional de Arqueologia - religiões da Lusitânia. Entrada Livre

O Projecto de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa

No âmbito do Ciclo de Debates "Conversas a Bordo", realizar-se-á a conferência sobre O Projecto de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa.

A conferência, a cargo do Doutor Aldino Santos de Campos, terá lugar no Museu Nacional de Arqueologia, na próxima sexta-feira, dia 31 de Outubro, pelas 18h:00

A entrada é livre.



24/10/2014

Sub-director Geral dos Museus Estatais de Espanha, Enrique Varela, visita exposição O Tempo Resgatado ao Mar

À margem do 8º Encontro Ibero-Americano de Museus, Enrique Varela, sub-director Geral dos Museus Estatais do Ministério da Educação, Cultura e Desporto, acompanhado da Conselheira Técnica Ana Azor e do Director do Departamento de Museus, Conservação e Credenciação da Direcção Geral do Património Cultural, Manuel Oleiro, visitou o Museu Nacional de Arqueologia para ver a exposição “O Tempo Resgatado ao Mar”.

A delegação foi recebida pelo Director do Museu, António Carvalho e Comissários Científico e Executivo da exposição, respectivamente Adolfo Silveira e Maria Amélia Fernandes.

Esta deslocação ao Museu Nacional de Arqueologia tinha como propósito, em primeiro lugar, a realização de uma visita detalhada à exposição com o intuito de equacionar uma eventual itinerância em Espanha em 2015, tendo constituído também a primeira oportunidade para se agradecer, presencialmente, a título institucional a fundamental colaboração do Laboratório do ARQUA – Museu nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática de Cartagena, na conservação da piroga monóxila do Rio Lima, peça icónica da exposição, bem como dos restantes materiais orgânicos em madeira que se apresentam.

Foram ainda analisadas outras formas de colaboração entre o Museu Nacional de Arqueologia e outros Museus de Espanha, tais como a participação na exposição ibérica “Lusitânia Romana – A origem de dois povos” organizada em estreita colaboração com Museu Nacional de Arte Romano, Mérida.

No domínio dos programas de cooperação internacionais na área do Património Cultural, de ambas as partes houve uma clara intenção de tudo fazer para manter a colaboração no domínio da conservação de acervos náuticos subaquáticos recolhidos em águas portuguesas e que se encontram à guarda da DGPC, numa estreita articulação com o ARQUA.







22/10/2014

Ciclo de debates "Conversas a Bordo"

No dia 23 de Outubro, Quinta-feira, às 18h00, o tema de debate será "Trabalhos arqueológicos preventivos no âmbito da minimização de impactes" sob a responsabilidade de António Pascoal/Luís Sebastião (IST/UL), Cândida Simplício (IAS), José Bettencourt (CHAM/UNL) e Pedro Barros (CNANS/DGPC).


21/10/2014

PRÁTICAS SIMBÓLICAS ENTRE A VIDA E A MORTE NA PRÉ-HISTÓRIA

CURSO DE INTRODUÇÃO

João Senna-Martinez

Dias 24 e 25 de Outubro, 2014

Museu Nacional de Arqueologia

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Inscrição/Lugares limitados
Informações/Inscrições
Adília Antunes

Tel: 21 362 00 00 

E-mail: grupoamigos@mnarqueologia.dgpc.pt

20/10/2014

AUGUSTO, EM PRIVADO E EM PÚBLICO

CURSO DE INTRODUÇÃO

Álvaro Figueiredo

Dias 7-8 de Novembro, 2014, das 10h00 às 17h30, Museu Nacional de Arqueologia



Augusto, o primeiro imperador romano e um dos personagens mais importantes da história da humanidade, faleceu há 2000 anos, em Nola, no dia 19 de Agosto do ano 14 d.C. Quando César foi assassinado, nos Idos de Março de 44 a.C., poucos poderiam prever que o seu sobrinho-neto e herdeiro, Gaio Octávio, um jovem de dezoito anos, pouco conhecido e de frágil saúde, se tornaria treze anos mais tarde, ao derrotar Marco António e Cleopatra em Actium, o líder absoluto do Estado Romano. 

Durante o decorrer deste curso que terá a duração de dois dias, teremos oportunidade de examinar os vários episódios da vida daquele a quem o Senado conferiu o título de Augusto, desde o seu nascimento até à sua deificação póstuma. Teremos ainda oportunidade de analizar o conjunto de vicissitudes e desafios que enfrentou, os reversos e os sucessos que contribuíram para determinar a vida pública e privada deste homem. Através do estudo das fontes literárias greco-romanas sobre a vida de Augusto, da arqueologia, arte e arquitectura, e do estudo da numismática, iremos tentar descobrir quem era este homem que introduziu mudanças tão significativas e profundas em Roma e no mundo mediterrânico. Como utilizava a sua autoridade no exercício do poder político, e porque se reinventava constantemente? Quem era Augusto, o homem privado, no seu relacionamento com os membros da sua família? E quem era esta família, a dos Julio-Claudios, que viria a governar Roma até à morte de Nero, em 68 d.C.? 

Durante este dois dias procuraremos compreender Augusto, o homem, a sua obra e o seu tempo, um indivíduo extraordinário cuja visão e determinação política contribuíram para transformar o Estado da velha República no Império Romano.


Inscrição/lugares limitados
Informações/Inscrições
Adília Antunes
Tel. 21 3620000
E-mail: grupoamigos@mnarqueologia-ipmuseus.pt

13/10/2014

Peça do mês de Outubro

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.

Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas mais recentes, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.

O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como "tesouros nacionais".
Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional de Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa.

PEÇA DO MÊS COMENTADA
Forma de açúcar Nºs Invº DGPC.CNANS.RAVB 81.E3; RAVB 93/01A
Ria de Aveiro B/C

A apresentar por André Teixeira (CHAM/UNL), em 18 de Outubro de 2014 às 15h




O açúcar foi o grande motor da expansão portuguesa no Oceano Atlântico entre os séculos XV e XVII. Experimentado com sucesso nos arquipélagos da Madeira e de São Tomé e Príncipe, cultivado também nos Açores e em Cabo Verde, adquiriu um significado particularmente expressivo no imenso Brasil. Transportado a partir do Mediterrâneo para estes espaços revelados pelos Descobrimentos, foi o grande impulsionador do povoamento daqueles territórios, já que o seu cultivo e exportação para a Europa assegurava lucros elevados. Outros povos europeus seguiram os portugueses na plantação da cana sacarina, desde logo os vizinhos ibéricos, tanto nas Canárias, como nas Antilhas. Enfim, a generalização do açúcar nos mercados europeus acarretou profundas mudanças nos hábitos de consumo alimentar.

O estudo desta temática tem-se baseado essencialmente nos testemunhos escritos. No entanto, mais recentemente, ganhou interesse a investigação arqueológica de antigos sítios de engenho do açúcar, unidades produtivas que associavam o cultivo, a transformação e a preparação para a comercialização. Neste âmbito surgiram as denominadas formas de açúcar, recipientes cerâmicos essenciais no processo de purga deste produto, reconhecidas neste tipo de contextos. Igualmente relevante foi a sua descoberta no território continental português, em locais que parecem ter fornecido os centros açucareiros do Atlântico deste tipo de produção oleira. É um destes casos em que se enquadra a peça em análise, ponto de partida para esta viagem pela arqueologia da expansão portuguesa no Atlântico.


Museu Nacional de Arqueologia - Sala Bustorff. Entrada Livre

03/10/2014

Noite Europeias dos Investigadores 2014

Na Noite Europeia dos Investigadores, subordinada ao tema "CITSCI - CITIZEN SCIENCE, estabelecer ligações entre a investigação e a sociedade em Portugal", o Museu Nacional de Arqueologia esteve representado pelo seu Laboratório de Conservação e Restauro de Materiais Arqueológicos.

Dessa representação constou a recriação de um laboratório de conservação e restauro com algumas das etapas mais representativas da sua actividade, onde os visitantes puderam participar, e a apresentação de três posters:

- Ana Beatriz da Luz Inácio - Conservação e Restauro da Colecção Etnográfica do Museu Nacional de Arqueologia;

- Ana Rita de Abreu Macedo Lopes Carvalho - Colecção Etnográfica de Instrumentos Musicais do Museu Nacional de Arqueologia;

- Rute Correia Chaves - Conservação e Restauro de Cerâmica Arqueológica em Marrocos (Protocolo DGPC/MNA com a UNL/FCSH/CHAM).



Apresentação dos posters

Apresentação dos posters

Observação de uma moeda à lupa binocular

Observação de uma moeda à lupa binocular

Observação de uma moeda à lupa binocular

Observação de uma moeda à lupa binocular e montagem de peça cerâmica



02/10/2014

Jornadas Europeias do Património - Fotos das Actividades



Visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses,
conduzida pelo Comissário Científico, Adolfo Silveira

Visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses, 
conduzida pelo Comissário Científico, Adolfo Silveira

Visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses, 
conduzida pelo Comissário Científico, Adolfo Silveira

Visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses, 
conduzida pelo Comissário Científico, Adolfo Silveira

Actividade: Jogo de Memória Com Cartas 

Actividade: Jogo de Memória Com Cartas 

Actividade: Palavras Cruzadas Interactivas e em Papel

Actividade: Palavras Cruzadas Interactivas e em Papel

À Conversa Com o Ruinólogo Gastão Brito e Silva

À Conversa Com o Ruinólogo Gastão Brito e Silva

Actividade: Cada Estela, Uma Tela

Actividade: Cada Estela, Uma Tela

Actividade: Cada Estela, Uma Tela

Actividade: Cada Estela, Uma Tela

Actividade: O Fundo do Mar
Actividade: O Fundo do Mar

Actividade: O Fundo do Mar

Actividade: O Fundo do Mar






Ciclo de Debates “Conversas a Bordo”

A exposição “O Tempo Resgatado ao Mar” celebra os trinta anos da Arqueologia Náutica e Subaquática em Portugal com várias iniciativas de dinamização e divulgação deste domínio científico. A interpretação, salvaguarda e a valorização dos testemunhos arqueológicos submersos, são instrumentos de reflexão do Património Cultural Nacional e Europeu, neste momento em que se prevê a extensão da plataforma continental.


O Museu Nacional de Arqueologia e o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Direção-Geral do Património Cultural, promovem o Ciclo de Debates “Conversas a Bordo”, dedicado a esta ciência e dirigido a todos os especialistas, profissionais e públicos interessados.


Entre 9 de Outubro de 2014 e 29 de Janeiro de 2015, a experiência pessoal de um vasto conjunto de profissionais permitirá enumerar e sistematizar questões prioritárias para um debate aberto, que pretende contribuir com sugestões para traçar perspectivas e novos caminhos para a disciplina. Vão ser objecto de debate os temas: “Formação e Ensino”; “Trabalhos arqueológicos preventivos de minimização de impactos”; “Inventário e Carta Arqueológica”; “O novo Património Subaquático”; “Planeamento e condições de realização dos trabalhos arqueológicos”; “Caça ao tesouro ou arqueologia comercial”; “Arquivos e documentação histórica”; “Detector de metais e arqueologia”; “Conservação preventiva”; “Valorização de sítios e parques arqueológicos subaquáticos” e “Passado e Futuro”.


Depois da intervenção dos oradores convidados, o debate é aberto aos participantes. 

A entrada é gratuita.

Mais informações

Museu Nacional de Arqueologia, Praça do Império - 1400-206 Lisboa 
Tel.: +351 213 620 000

Email: adolfosilveira@mnarqueologia.dgpc.pt e cnans@dgpc.pt


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Visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses à exposição temporária “O Tempo Resgatado ao Mar”

Integrada nas comemorações das Jornadas Europeias do Património 2014, decorreu no passado dia 27 de Setembro, a visita da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses à exposição temporária “O Tempo Resgatado ao Mar”, que foi conduzida pelo respectivo Comissário Científico, Doutor Adolfo Silveira.