20/12/2010

Ficha Didáctica de Arqueologia 1: Neanderthalmania

Inauguramos hoje um novo espaço onde apresentamos artigos científicos e ferramentas  de carácter mais didáctico sobre grandes temáticas da arqueologia. Apresentamos o nosso primeiro convidado: o Homem de Neanderthal!


O Homem de Neanderthal sempre causou um enorme fascínio a todos os que se interessam pela arqueologia em geral. Para além de ser objecto de um amplo debate na comunidade científica, é também "mediatizado" através de  documentários televisivos e até, imagine-se só, de aplicações para telemóveis!
Nesta primeira ficha Didáctica de Arqueologia apresentamos o seguinte material:

1- Artigo  "Neanderthal-dooby-doo, where are you?" de autoria de  David Gonçalves (a quem agradecemos) publicado inicialmente no blogue de arqueociências

2- Video sobre os Neandertais produzido pela BBC

3- Aplicação para telemóvel produzida pelo Smithsonian: National Museum of Natural History


PARTE 1:
"Neanderthal-dooby-doo, where are you?" de autoria de  David Gonçalves

"O Homem de Neandertal é provavelmente, o nosso parente extinto mais famoso. Tal como nós, foi produto de uma evolução no sentido da encefalização, do bipedismo proficiente e da competência na produção de ferramentas. Porém, o seu estatuto é hoje também o produto de uma evolução ao nível da postura científica e esteve durante muito tempo acorrentado a preconceitos que, há mais de cem anos atrás resultaram na atribuição de uma natureza brutal, bárbara e quase simiesca a este hominídeo. Esta representação manteve-se na imagética popular durante muito tempo, e para alguns, estas características ainda lhe estão conotadas. Porém, a produção científica actual permitiu-nos distanciar dessas primeiras representações, e as últimas décadas têm assistido a uma crescente “humanização” deste nosso mais próximo conterrâneo evolutivo. Provavelmente, um Neandertal com um corte de cabelo “maneirinho” e enfarpelado com as vestimentas de um qualquer “prêt-a-porter” não suscitaria mais “virares-de-cabeça” do que os punks malabaristas da Rua de Santa Catarina. Seja qual for a postura, os Neandertais têm estimulado a nossa imaginação desde que a famosa calote craniana do Vale do Neander na Alemanha foi desenterrada em 1856.
Apesar de ter ocupado e explorado uma área extensíssima que compreende grande parte do território europeu e algumas das regiões mais ocidentais da Ásia, este tão bem-sucedido hominídeo acabou, como tantos outros antes dele, por definhar e deixar menos frondosa a árvore referente à linhagem humana. A sua sobrevivência resume-se hoje a uma pequena participação no nosso património genético actual, cuja expressão fenotípica aparenta ser de tal forma diminuta que apenas a sequenciação do ADN nuclear foi capaz de a confirmar sem margem para dúvidas. A Península Ibérica tem sido apontada como local do último reduto Neandertal, inferência feita essencialmente a partir da cultura material que a arqueologia tem apresentado ao Mundo. Porém, por comparação com os achados humanos descobertos em Espanha, o nosso próprio pecúlio tem sido reduzido e algo desapontante. Resume-se a um punhado de dentes e ossos desarticulados, sendo que os mais recentes achados têm a Gruta da Oliveira (Torres Novas) como proveniência. Dada a escassez de restos humanos encontrados neste rectângulo à beira-mar plantado, é legítimo questionar a que razão ou razões se deve este cenário e o que podemos fazer para o alterar. Questionámos alguns dos especialistas nacionais acerca desta questão e apresentamos aqui as suas perspectivas em discurso directo.

Para João Zilhão – Professor em Arqueologia Paleolítica na Universidade de Bristol – a causa para este cenário é clara. Encontrei restos humanos em todas as jazidas que escavei, incluindo as do Paleolítico Médio. Se há menos em Portugal do que noutros lados a razão é simples: é que em Portugal se escava muitíssimo menos. Não há menos restos, há menos escavações.

Esta visão é em parte partilhada pelo Director do Museu Nacional de Arqueologia, Luís Raposo. Poderá ser a pouca investigação (escavação) moderna, especialmente em grutas, já que em sítios de ar livre é mais raro encontrar fósseis humanos, aqui ou noutros países. Porém, Raposo acredita que esse não é o único factor explicativo. A verdade é que não foi ainda encontrada em Portugal nenhuma gruta com uma ampla ocupação do Paleolítico Médio. Pelo contrário, ocorre que em quase todas as grutas onde se registaram presenças do Paleolítico Médio estas são muito discretas, quase vestigiais, mesmo quando nos níveis superiores existem densas ocupações do Paleolítico Superior. A única excepção poderá ser a Gruta Nova da Columbeira, que possui uma ocupação intensa do Paleolítico Médio e uma ausência de vestígios do Paleolítico Superior, devida talvez à circunstância de a cavidade ser já infrequentável pelo homem nessa fase. Foi aqui que se recolheu o mais antigo resto neandertalense descoberto em Portugal, mas apenas um fragmento de dente, quando a fauna é abundante. Terão os métodos de escavação usados deixado passar outros vestígios? Não sei.

Luís Raposo tende a considerar que este padrão de menor ocupação das grutas durante o Paleolítico Médio nesta Finisterra portuguesa é real e já o procurou explicar através de padrões de ocupação do território [cf., por exemplo, RAPOSO, L. (1995) - “Ambientes, territorios y subsistencia en el Paleolítico Medio de Portugal”, Complutum, nº. 6, Madrid, pp. 57-77].

Também as condições climáticas gerais poderiam ir no mesmo sentido. A ideia do homem de Neandertal como um “bruto troglodita” é totalmente errónea. Nem eram assim desprovidos de capacidades intelectuais, nem tinham gosto especial por habitar em cavernas. Ora, numa região em que o clima nunca tivesse atingido os rigores glaciários da Europa mais setentrional, é fácil pensar que os bandos de Neandertais ocupariam preferencialmente os vales dos rios e os maciços periféricos a baixa altitude, vivendo principalmente em acampamentos de ar livre e sendo por isso mais “invisíveis” hoje no registo arqueológico. Admito também que, ainda por cima, fossem menos, quer dizer que houvesse uma menor densidade populacional, mas quanto a isso apenas podemos por agora ter “impressões”.

Nuno Bicho, professor na Universidade do Algarve afirma que a questão é interessante e muito relevante no estudo da Pré-história portuguesa e, infelizmente, aplica-se também a outros momentos da Pré-história Antiga, como é o caso do Paleolítico Inferior. Na sua perspectiva, parece haver um conjunto alargado de factores limitadores do número e qualidade de sítios arqueológicos do Paleolítico Médio em Portugal. Provavelmente, há quatro factores principais: o reduzido número de investigadores em Paleolítico e especificamente em Paleolítico Médio; o deficiente treino e ensino em Paleolítico e em análise de indústria líticas; a falta de trabalho de prospecção dedicada ao Paleolítico; e o contexto da geologia e da geomorfologia.
De facto, no âmbito académico há apenas, neste momento três docentes universitários (nas Universidades do Minho, Lisboa e Algarve) que se especializaram e que fazem investigação continuada nesse período. O resultado prático é que o número de alunos que se interessam por Paleolítico é reduzido nos cursos de licenciatura de Arqueologia e, naturalmente, por razões demográficas, diminui sensivelmente conforme se avança no grau académico. Apesar de tudo, temos um conjunto de recém-doutorados e de doutorandos apreciável em Paleolítico, atendendo ao número total de alunos de Arqueologia. Mas também é verdade que o número de alunos que trabalha em Paleolítico Médio é reduzido – tomando a Universidade do Algarve como exemplo (talvez como referência?), existem neste momento 12 doutorandos, dos quais 8 trabalham em Paleolítico (ainda que nem todos tenham esse período como foco da sua tese) e desses 8 não há nenhum a trabalhar em Paleolítico Médio. Do conjunto de investigadores da Universidade do Algarve, eu incluído, há cerca de uma dúzia de pessoas a trabalhar em Paleolítico, e apenas duas trabalham directamente, ainda que não exclusivamente, com Paleolítico Médio.

Para Nuno Bicho, o ensino de matérias relacionadas com o Paleolítico, bem como de especialidades fundamentais no seu estudo como é a geoarqueologia, a arqueometria e a zooarqueologia, é claramente deficiente na maior parte das universidade portuguesas, principalmente no caso das licenciaturas. Unidades curriculares (para aqueles que estão afastados dos estudos superiores há algum tempo, este termo significa “disciplinas”) dedicadas a análise de materiais líticos são raríssimas em Portugal e, claro, se um aluno não souber reconhecer artefactos líticos talhados, muito dificilmente irá encontrar sítios arqueológicos da Pré-história antiga.

O terceiro factor é o do tópico da investigação – raramente em Portugal aparecem projectos de investigação dedicados inteiramente à prospecção arqueológica e, claro, menos ainda dedicados ao Paleolítico. O resultado é que os poucos sítios Paleolíticos que se encontram hoje são revelados acidentalmente ou através de estudos de impacto. Como um grande número de arqueólogos não tem a preparação suficiente para reconhecer artefactos líticos paleolíticos, estes sítios não são encontrados.

Contudo, parece que apesar de todos estes factores condicionantes, deveria haver mais sítios arqueológicos. A verdade é que nos últimos 20 anos, o número de sítios arqueológicos do Paleolítico Superior verdadeiramente importante cresceu exponencialmente (Cabeço do Porto Marinho, Lagar Velho, Vale Boi, Picareiro, Coelhos, Anecrial), o que não aconteceu relativamente ao Paleolítico Médio – de facto, com a excepção dos trabalhos de João Zilhão no Complexo Arqueológico do Almonda, especialmente na Gruta da Oliveira e, mais recentemente, o de Jonathan Haws em Mira Nascente (ainda que com outra dimensão), não houve outros sítios novos de Paleolítico Médio verdadeiramente relevantes. Esta falta de sítios do Paleolítico Médio deve-se muito provavelmente às condições geológicas das jazidas com esta cronologia. É possível que se encontrem soterradas por baixo de coluviões mais recentes ou em terraços fluviais e marinhos de grande potência que dificultam a sua detecção. É também claro que em alguns pontos do país, nomeadamente o Algarve, se deu, provavelmente durante o Holocénico antigo, a erosão completa de terraços e outros depósitos do Pleistocénico Superior. E assim, perderam-se inúmeros sítios arqueológicos datados do Paleolítico Médio.

Em relação aos factores geológicos, seria talvez interessante fazer um levantamento completo e sistemático das condições de jazida de todos os sítios arqueológicos do Paleolítico Médio de forma a, e com base nesse estudo, desenvolver padrões preditivos de localização de jazidas Moustierenses. Este trabalho foi feito para o Paleolítico em geral para o vale do Sado por uma equipa canadiana, com base nos dados de um projecto meu de prospecção paleolítica para o Algarve. Naturalmente, foram encontrados um conjunto razoável de sítios arqueológicos, nomeadamente alguns do Paleolítico Médio e que, espera-se, sejam aceites para publicação em breve.

Aqui ficaram os relatos de três especialistas nacionais, a quem muito agradecemos a sua colaboração. Do seu discurso resulta a ideia que ainda muito há a fazer para colmatar algumas das lacunas que o nosso registo arqueológico apresenta em relação a achados humanos. Porém, também fica a ideia que esse registo irá ser gradualmente enriquecido por novas descobertas à medida que o investimento em investigação, recursos materiais e recursos humanos for aumentando. Aqui estaremos para dar conta desses novos achados."


PARTE 2: 
Vídeo produzido pela BBC







PARTE 3: 
Meanderthal aplicação apps para telemóveis 


O Smithsonian: National Museum of Natural History quis trazer o homem de Neanderthal até nós de uma forma original: através de uma aplicação apps para telemóveis de última geração. Esta aplicação chama-se "Meanderthal" e consiste basicamente em a partir de uma fotografia tornar um pessoa num homem de Neanderthal, mas não só.....
Para os interessados e portadores de um telemóvel de última geração  quem tenham um "iphone" ou  um telemóvel com sistema "android" podem descarregar gratuitamente aqui a aplicação.  Divirtam-se!

15/12/2010

Inauguração da Exposição "da forma da escrita à escrita da forma" dia 5 de Janeiro



No dia 5 de Janeiro pelas 18 horas será inaugurada no MNA, a exposição "da forma da escrita à escrita da forma". A entrada é livre! Esta exposição estará patente no museu até 28 de Fevereiro de 2011. 

Sinopse: 
"A escrita do sudoeste" surgiu, como tema do módulo do curso livre de escultura cerâmica, orientado pela professora Elsa Gonçalves. O património Histórico de Almodôvar, foi a fonte de inspiração que levou os diferentes olhares dos artistas numa procura da identificação com as formas e com a riqueza plástica. Ficando um contributo para a Historia desta escrita milenar, materializada nas peças que compõem a exposição "da forma da escrita à escrita da forma".
 

14/12/2010

09/12/2010

Convívio Natalício


 

A Associação Cultural de Amizade Portugal-Egipto convida os membros do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia e todos os interessados para a sessão de dança do Grupo Mahtab a ter lugar no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia, no dia 18 de Dezembro, com início às 16 horas, terminando com um porto de honra.

  MAHTAB DANÇAS ÉTNICAS
 
O grupo Mahtab  (Luz da Lua) de Danças Étnicas, formado em 2006, goza já de um invejável estatuto a nível nacional e internacional.
 A experiência e polivalência das nove bailarinas que o compõem permite que o grupo explore todas as vertentes das danças do Médio Oriente e Norte de África, da Índia, da Polinésia, e ainda Danças de Fusão, entre outras, numa panóplia de composições coreográficas, que podem ser apresentadas em palco  ou noutros cenários.

 Constituído pelas bailarinas Ágata, Bárbara, Carole, Cris Aysel, Elsa Shams, Sílvia, Sofia Franco, Susana Amira e Valquíria Hayal, o Grupo Mahtab tem já um extenso currículo do qual se destaca a vitória no Concurso Internacional do Nile Group Festival, no Cairo.

ENTRADA LIVRE!

06/12/2010

Novas funcionalidades e novos serviços

Com a nova distinção que este espaço alcançou  (ter sido considerado pelo 2º ano consecutivo o melhor blog de animação sócio-cultural) surgem novas responsabilidades. Assim, e perseguindo a máxima de fazer sempre mais e melhor, tentando prestar um melhor serviço a todos os que nos seguem e visitam, estamos a trabalhar num novo conjunto de funcionalidades e serviços pensados para este espaço. 

Brevemente, iremos contar com artigos científicos e outras de carácter mais didáctico sobre grandes temáticas da arqueologia, para prestar cada vez mais informação que acrescente valor a este blog. A componente didáctica da arqueologia irá também ser reestruturada para possibilitar uma maior interactividade e comunicação educativa com diferentes públicos através de novas ferramentas on-line.


A todos o nosso obrigado pela vossa preferência!

02/12/2010

Festa de Natal do GAMNA

Carregue na imagem para ampliar
O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA) vai realizar a sua festa de Natal no MNA no dia 16 de Dezembro às 17,30 horas, alusiva à temática geral : A Literatura Antiga - fulgor do divino no mundo dos homens.

Entrada Livre

01/12/2010

Curso no MNA: “Afonso Henriques e o seu Tempo”

 
Biblioteca Nacional Digital
L., Silva, ?fl. ca. ?1845-1860
D Affons [sic] Henriques [Visual gráfico / Silva L. lith.. - [Lisboa? : s.n., ca. 1855?] ([Lisboa] : Lith. de M. el Luiz. - 1 gravura : litografia, p&b ; 41x32 cm http://purl.pt/4097


10 e 11 de Dezembro de 2010


Por: Pedro Barbosa, João Inês Vaz, Hermenegildo Fernandes e Miguel Sanches de Baêna


Custo: 75,00 euros;
50,00 euros para membros do GAMNA / CNC / SPE
35,00 euros para estudantes.


Local:  Sala Bustorff do Museu Nacional de Arqueologia
            Edifício do Mosteiro dos Jerónimos
            Praça do Império
            1400-206 Lisboa


Inscrição/lugares limitados

 Mais Informações/Inscrições
D. Adília Antunes
Tel. 21 3620000; Fax. 21 3620016

E-mail: mnarq.gamna@imc-ip.pt

26/11/2010

O Nosso Blog ganha prémio nacional!


É com grande satisfação que informamos que o nosso blog foi considerado o melhor blog colectivo de Animação Sociocultural em 2010.  Depois de termos alcançado idêntica distinção em 2009, este novo prémio pelo segundo ano consecutivo, vem reconhecer o nosso trabalho na constante procura de melhoria das funcionalidades e interactividade com o público do blog.
Esta distinção foi atribuída pela A.P.D.A.S.C (Associação Portuguesa para o desenvolvimento da Animação Sociocultural) no seguimento do II Concurso Nacional Melhor blog de Animação Sociocultural. Saudamos a A.P.D.A.S.C. pelo mérito da iniciativa e todos os participantes pela qualidade dos seus trabalhos.
Por último, agradecemos a todos aqueles que votaram no nosso blog considerando-o, o melhor blog colectivo de Animação Sociocultural em 2010. Esta distinção dá-nos ainda mais responsabilidade e "força" para continuarmos a desenvolver o nosso trabalho. A todos o nosso obrigado!

21/11/2010

Director do Museu Nacional de Arqueologia eleito para a nova direcção do ICOM Europa


No contexto da Conferência Trienal do ICOM, que decorreu em Xangai, China, foi eleita a nova direcção do ICOM Europa. Luís Raposo (ICOM-PT) foi assim eleito para fazer parte do ICOM Europa durante o próximo triénio.
No âmbito das actividades paralelas à Conferência Trienal do ICOM, que decorre em Xangai, China, até ao fim desta semana, reunindo mais de três milhares de museus e profissionais de museus de todo o mundo, o Presidente da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM, Luís Raposo, acaba de ser eleito para a direcção do ICOM Europa, que ficou sob presidência de Damodar Frlan, presidente do ICOM Croácia.
O ICOM (Internacional Council of Museums ou Conselho Internacional dos Museus) é uma organização não governamental, integrada no sistema da UNESCO com o estatuto de única entidade representativa dos museus e dos profissionais de museus em todo o mundo. É ainda uma organização de base, composta por comissões nacionais (117 na actualidade), comissões de especialidade (31 na actualidade) e organizações regionais (5 na actualidade).
O ICOM Europa (http://www.icom-europe.org/) é uma destas organizações regionais do ICOM, reunindo a totalidade das comissões nacionais do continente europeu, do Atlântico aos Urais. Constitui um fórum para o intercâmbio de informação e cooperação entre as comissões nacionais europeias, assistindo-as na concretização dos seus respectivos programas. Representa também um quadro de cooperação entre museus e profissionais de museus, promovendo projectos comuns.
O ICOM Europa integra mais de quatro dezenas de comissões nacionais do ICOM e é composta por um presidente e seis vogais, todos presidentes de comissões nacionais europeias ou os seus representantes. As eleições, por voto secreto, têm lugar trienalmente.
Para o próximo triénio a direcção ficou assim constituída: Damodar Frlan, Presidente (Croácia), Isabelle Benoit (Suíça), Karen E. Brown (Irlanda), Janja Rebolj (Eslovénia), Teti Hadjinicolaou (Grécia), Luís Raposo (Portugal) e Bernard Blache (França).
Fonte: Comunicado ICOM Portugal

16/11/2010

Sessão: A República - Etnografia do quotidiano


Clique na imagem para conhecer o programa detalhado


No dia 30 de Novembro realiza-se a sessão: A República - Etnografia do quotidiano com várias intervenções, lançamento do catálogo e inauguração do espaço expositivo no átrio do Museu Nacional de Arqueologia. A entrada é livre.

13/11/2010

Curso: Histórias Etíopes - um périplo histórico-antropológico pelo Corno de África

Este curso vai decorrer no MNA nos dias 26 e 27 de Novembro de 2010. O professor Manuel João Ramos (ISCTE) é responsável por este curso introdutório que aborda os contactos históricos entre Portugal e a região do Corno de África e em particular as relações políticos religiosas entre Portugal e o antigo reino cristão da Abissínia nos séculos XVI e XVII.

Mais informações e inscrições:
mnarq.gamna@imc-ip.pt
Tel. 213620000 (Adília Antunes)

05/11/2010

Expoisção sobre a República

O MNA vai inaugurar no dia 30 de Novembro uma exposição que irá mostrar pela primeira vez um importante conjunto de peças alusivas à implantação da República, recolhidas por Luís Chaves em Lisboa, no rescaldo da Revolução de 5 de Outubro de 1910, de que agora se comemora o centenário.


 

04/11/2010

Ciclo de Conferências: Vale do Côa - Siega Verde


A exposição itinerante «A Arte da Luz», que se encontra patente, até ao dia 14 do corrente, no claustro do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, visa divulgar e promover o Vale do Côa (Portugal) e Siega Verde (Espanha), os dois sítios com arte paleolítica de ar livre no interior peninsular.
No dia 10 de Novembro decorre no Museu Nacional de Arqueologia um ciclo de conferências que visam a reflexão e o debate sobre novos conhecimentos, gestão e difusão deste património.

Entrada livre (limitada à capacidade do auditório)

03/11/2010

As múmias do MNA são notícia na National Geographic Portugal de Novembro.

Imagem do Sítio da National Geographic Portugal  referente à edição nº 116, Novembro de 2010

As múmias humanas da colecção de Antiguidades Egípcias do Museu Nacional de Arqueologia são notícia na edição de Novembro da National Geographic Portugal, páginas 38 a 43. A reportagem caracteriza o projecto Lisbon Mummy Project (LMP) e revela  alguns dados interessantes sobre o estudo efectuado por TAC Multicorte (MDCT). 
Neste artigo são adiantados alguns dos resultados já conhecidos:
- A múmia sem sarcófago e sem nome, identificada como (M1) no artigo, "mostra anomalias ósseas e musculares ainda não esclarecidas". Corresponde a um indivíduo do sexo masculino que viveu no Período Ptolemaico,  teria 40 a 50 anos e mediria 1,66m (pg. 42).
- No sarcófago, o crânio de  Pabasa  (M2) parece aconchegado por uma espécie de almofada cerimonial para  a cabeça (pg. 39). Pabasa viveu no Período Tardio ou Ptolemaico. Teria 30 a 40 anos, mediria 1,62m e apresentava uma lesão no tornozelo esquerdo que lhe causaria dores ao andar (pg. 42).
- Irtieru (M3) viveu no Terceiro Período Intermediário. Teria entre 20 a 30 anos e mediria 1,71m. Apresenta anomalias nas cabeças dos fémures e teria uma anomalia congénita que lhe limitava a amplitude do movimento das ancas (p.42).
Para mais informações, aconselhamos a leitura completa do artigo.

25/10/2010

Lisbon Mummy Project (LMP): primeiros resultados a caminho!

Carregue na imagem para ampliar

Apresentamos ao público um poster com aspectos gráficos preliminares do estudo por TAC Multicorte (MDCT) das múmias humanas do Museu Nacional de Arqueologia. Este Projecto é uma parceria entre o MNA e o IMI-art, sector de arte e arqueologia do IMI (Imagens Médicas Integradas) tendo-se iniciado em 2007 com a análise de  7 múmias animais da colecção do Museu. Em 2010, devido ao apoio da SIEMENS foi possível iniciar o presente estudo das múmias humanas do MNA. Dada a vastidão e riqueza das informações obtidas, os resultados serão comunicados oportunamente.

12/10/2010

Visita de estudo à Academia das Ciências de Lisboa




O Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA), vai realizar no dia 13 de Outubro, uma visita de estudo à Academia das Ciências de Lisboa.

Ponto de Encontro: 15h na Academia das Ciências de Lisboa - Rua da Academia das Ciências 19

Visita guiada pelo Prof. Doutor Miguel Telles Antunes

Informações/Inscrições:
Lugares limitados

Museu Nacional de Arqueologia
(Adília Antunes)
Tel. 213620000
Fax. 213620016
E-mail: mnarq.gamna@imc-ip.pt

07/10/2010

Novo Ano Lectivo

O Sector Educativo e de Extensão Cultural do MNA está prestes a reiniciar em força as actividades destinadas ao público escolar. Com o início do ano lectivo multiplicam-se as solicitações das escolas para a marcação de visitas orientadas, visitas com dramatização e ateliês.


É sempre com prazer, dedicação e profissionalismo que toda a equipa do Sector prepara um novo ano lectivo, com o intuito de proporcionar aos alunos das instituições que nos visitam experiências inovadoras na área da aprendizagem.
A filosofia que orienta esta equipa centra-se na qualidade e inovação das actividades didácticas úteis para o processo ensino-aprendizagem. Neste sentido, estamos abertos a sugestões que os docentes queiram fazer, a fim de melhorarmos ainda mais o nosso serviço e irmos ao encontro das vossas expectativas e necessidades.

A todos muito obrigado!

05/10/2010

Ciclo de Conferências: Arqueologia e Antropologia


O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) juntamente com o Grupo de Estudos em Evolução Humana (GEEvH) da Universidade de Coimbra e o Núcleo de Arqueologia e Paleoecologia (NAP) da Universidade do Algarve promovem este ciclo de conferências sobre Arqueologia e Antropologia...territórios de fronteira.

ENTRADA LIVRE

30/09/2010

II Concurso Nacional: Melhor Blog sobre Animação Sócio-Cultural


Depois de ter sido considerado no ano de 2009 o melhor Blog de animação sócio-cultural na sua categoria, o Blog do Sector Educativo e de Extensão Cultural está a participar no II concurso nacional para eleição do "Melhor Blog de animação sociocultural 2010".
Este concurso é promovido pela APDASC - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural

Sobre este concurso pode aceder a todas as informações em:


Como votar?
Todos que queiram votar neste concurso devem visitar o seguinte endereço em:
http://animusforum.forumvila.com/
entre o dia 1 e 31 de Outubro de 2010

O nosso blog está a concorrer na Categoria B (Melhor Blog colectivo)

Agradecemos o vosso voto e apoio!



Lisbon Mummy Project: um registo visual

O Lisbon Mummy Project (LMP) tem por objectivo um estudo científico inédito em Portugal – análise radiológica (não-destrutiva por Raios-X, assegurada por equipa do IMI- Imagens Médicas Integradas) – de três múmias egípcias humanas do espólio do Museu Nacional de Arqueologia.



Créditos fotográficos: Matthias Tissot







Fonte: SIC

11/09/2010

Programa Educativo

Clique na imagem para abrir o programa completo




27/07/2010

5as à Noite & Festival dos Oceanos

PROGRAMAÇÃO


5 de Agosto

19h00 - Visita guiada "Tesouros da Arqueologia Portuguesa"

20h00 - Visita guiada "Quinta do Rouxinol - Uma Olaria romana no Estuário do Tejo"

21h30 - O Teatromosca apresenta, em formato pequeno, uma dramaturgia (Retratinho de Gil Vicente) que dá a conhecer a vida desta personalidade que marcou a história.

23h00 - Visita dramatizada «Animais no Antigo Egipto» - "Antiguidades Egípcias"



12 de Agosto


19h00 - Visita guiada "Quinta do Rouxinol - Uma Olaria Romana no Estuário do Tejo"


20h00 - Visita guiada "Antiguidades Egípcias"


21h00 - «Escritas na Antiguidade». Visita dramatizada - Na companhia de Temógenes, o pedagogo grego, percorrem-se as inscrições antigas, povos e saberes que lhe deram origem.

Exposições a visitar: "Antiguidades Egípcias" e "Religiões da Lusitânia"

23h00 - Visita guiada - "Tesouros da Arqueologia Portuguesa"

20/07/2010

As Cores do Tempo-Arte Sinagogal na Moldávia Romena. Exposição foto-documentária

Imagens realizadas pelo jovem artista fotógrafo Teodor Răileanu.
Projecto foi concebido e desenvolvido pelo Instituto Cultural Romeno de Tel Aviv em colaboração com a Universidade Bar Ilan de Ramat Gan, Israel.



Inauguração no dia 3 de Agosto, às 19h00, com a presença da Dra. Madeea Axinciuc, Professora no Departamento de Estudos Judaicos/Universidade de Bucareste.


Exposição realizada com o apoio do Instituto Cultural Romeno

29/06/2010

O MNA na Festa da Arqueologia



O Museu Nacional de Arqueologia vai estar representado na Festa da Arqueologia, através do Sector Educativo e de Extensão Cultural. No nosso espaço vamos promover várias actividades, entre as quais destacamos o ateliê de ourivesaria "Jóias de Ontem e Hoje" e um jogo didáctico, inspirados no acervo da exposição "Tesouros da Arqueologia Portuguesa".
Destacamos ainda a apresentação que iremos fazer sobre a maleta pedagógica do MNA no sábado e domingo pelas 14h e 30 minutos.



22/06/2010

Quintas à noite: 24 Junho no MNA

O Museu Nacional de Arqueologia abre o ciclo
das 5ªs à Noite deste Verão!
24 de Junho, entre as 18h e as 23 h

O Projecto 5ªs à Noite nos Museus - Verão 2010 tem o objectivo de oferecer nas noites de Verão, às 5ªs feiras, de uma forma lúdica, descontraída e pedagógica outras vivências em espaços museológicos, através de actividades culturais diversificadas que visam atrair novos públicos, fidelizando os já existentes, mas também captar turistas em visita à cidade de Lisboa.


Programação de 24 de Junho
19h00 – Visita guiada à exposição «Quinta do Rouxinol – Uma Olaria Romana no estuário do Tejo».
20h00 – Visita guiada à exposição «Tesouros da Arqueologia Portuguesa»
21h00 – Actuação da ESCSTUNIS/Tuna Académica Mista da Escola Superior de Comunicação Social

Numa noite de luar,
Em honra de São João
,

Soam cantos no Mosteiro,

D’amizade e tradição.

Em alegre comunhão,

Jovens de capa e batina,

Cantam-nos ao coração!

22h30 – Visita guiada temática à exposição Antiguidades Egípcias – «A Mumificação»