11/01/2017

Esteja atento

Esteja atento

No dia 26 de janeiro, ouviremos falar, no Museu Nacional de Arqueologia, de divindades indígenas da Beira, de Trebaruna, e tantas outras mais, bem como de percursos arqueológicos e de sabores de tão rica região.
Até lá conheça algum do acervo do Museu Nacional de Arqueologia, proveniente da Beira Interior.

Na imagem: Atlante Canéforo.






Estatueta de bronze representando uma figura masculina nua, de formas juvenis, imberbe, de pé. O corpo, aprumado, firma-se na perna direita; no seu movimento para a frente, flecte a perna esquerda pelo joelho, onde o peso do corpo quase se transfere para a perna esquerda. Faltam os pés. Os braços erguidos, dobrados em ângulo, por cima da cabeça; as mãos espalmadas, segurando um cesto ou "calathus" repleto de cachos de uvas. O recipiente é cilíndrico, delineado pela obliquidade dos sulcos, formando um encanastrado, com rebordo e paredes executadas em entrançado helicoidal. A cabeleira ondulada, no topo da cabeça, forma um rolo lançado para trás, e junta-se em rodilha na nuca. Rosto oval, calmo, de olhos bem abertos, com íris marcada por furos, boca pequena. Corpo esguio, bem proporcionado, musculatura delineada mas não muito vigorosa; sulcos inguinais acusados de maneira linear, linha dorsal bastante acentuada. Sobre a coluna vertebral, à altura da cintura, uma excrescência em forma de argola, com o orifício obstruído. Um orifício na alto do cesto e uma protuberância por cima das vértebras lombares fazem crer a Leite de Vasconcelos que se trata de um ornato de candelabro ou de outro objecto caseiro.

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