O Museu Nacional de Arqueologia (MNA)
possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de
objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados
fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por
depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.
Todos
os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a
mais remota Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as
peças etnográficas, estão representados no MNA. Às coleções portuguesas
acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito
diversificadas.
O
MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de
peças classificadas como “tesouros nacionais.
Existe,
pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional de
Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa.
PEÇA DO MÊS COMENTADA
Estatueta de Ptah-Sokar-Osíris
A apresentar por Luís Manuel de Araújo
21 de Fevereiro de 2015 às 15h
A interessante e muito didática coleção egípcia do Museu Nacional de Arqueologia exibe, na sua unidade dedicada «Estatuetas votivas e de servos», uma estatueta de madeira pintada descrita na legenda com a tradicional designção de Ptah-Sokar-Osíris.
A atribuição de três nomes de divindades a uma única estatueta compreende-se porque ela sintetiza na mesma imagem a unidade intrínseca dos deuses Ptah (o nascimento), Sokar (a morte) e Osíris (a ressurreiçao), num fenómeno de sincretismo na religião politeísta e tolerante do antigo Egito.
A peça, à qual faltam já as altas plumas que ela deveria exibir sobre a cabeça e a cornamenta retorcida que se pode ver em estatuetas mais complexas, tem ténues vestígios de folha de ouro e a pintura está razoavelmente conservada, podendo ler-se à frente e atrás, uma inscrição hieroglífica tradicional nos objetos funerários.
Museu Nacional de Arqueologia. Entrada livre.
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