01/10/2015

ALQUEVA: 20 ANOS DE OBRA, 200 MILÉNIOS DE HISTÓRIA

O Alqueva, com 250 Km2 de superfície, é o maior lago artificial da Europa, obra de engenharia hidráulica concretizada em 2003, tendo em vista resolver o problema da captação e distribuição de água para a agricultura no Alentejo. Pese embora a inevitável submersão de estruturas e monumentos na área da barragem, corresponde simultaneamente ao maior empreendimento sistemático de salvaguarda do património histórico-cultural do vale do Guadiana, ao nível do reconhecimento e do registo científico, da exumação de espólio, por vezes também do levantamento, da desmontagem e da trasladação, assim como da publicação dos resultados da investigação.

A EDIA, Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, para assinalar os 20 anos da sua fundação como empresa gestora do empreendimento, promoveu a organização da exposição ALQUEVA: 20 ANOS DE OBRA, 200 MILÉNIOS DE HISTÓRIA, apresentada na Torre Oca do Mosteiro dos Jerónimos, em articulação com Marinha Portuguesa, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e o Museu Nacional de Arqueologia, sendo comissários científicos António Carlos Silva, coordenador do Projecto Arqueológico do Alqueva entre 1996 e 2002 e Luís Raposo, técnico e Director do Museu Nacional de Arqueologia entre 1996 e 2012 e, ainda, membro da Comissão Científica que apoiou e credibilizou o desenvolvimento do projeto.

A exposição constitui uma primeira apresentação geral em Lisboa dos resultados dos trabalhos arqueológicos realizados na barragem e no complexo de rega do Alqueva, sendo desejavelmente a primeira de uma série que permita expor à fruição pública o numeroso espólio recolhido e os resultados da investigação desenvolvida.




Ao conjunto de peças selecionado para oferecer um panorama abrangente dos períodos e culturas ali reconhecidos, acrescenta-se, em lugar central, uma maqueta tridimensional que proporciona a visualização física do território, apresentando contextualizada e sincronizadamente diversos conteúdos multimédia.

O MNA preparou um programa educativo em torno desta emblemática exposição, destinado ao grande público, à comunidade educativa em particular e especialmente às populações dos 20 municípios confinantes com o regolfo da barragem e abrangidos pelo plano de rega.

A exposição ficará patente ao público até 15 de novembro, na Torre Oca do Mosteiro dos Jerónimos, com entrada no Museu Nacional de Arqueologia, de 3.ª feira, a domingo das 10.00 às 18.00 horas. Encerra à 2.ª feira.



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