30/07/2014

Colaboração entre o Museu Nacional de Arqueologia e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no âmbito da licenciatura em Arqueologia

A parceria estratégica existente entre a FL-UL/UNIARQ estabelecida por protocolo celebrado entre as partes a 20 de Setembro de 2007) e o MNA tem permitido o desenvolvimento de actividades de investigação de estudantes de Mestrado e Doutoramento de Arqueologia e de professores e investigadores da FL-UL/UNIARQ.

Pode mesmo afirmar-se que actualmente a maior comunidade de investigadores externos do MNA é a proveniente da área de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, como fica documentado pelo programa do Dia do Investigador no MNA (edições de 2013 e 2014). Frequentemente também, e desde há alguns anos, esta investigação resultou igualmente no desenho de programas espositivos no Museu, designadamente de exposições temporárias.

Neste contexto, realizou-se entre 7 e 25 de Julho, a segunda edição do seminário de Verão (O Algarve romano no MNA), iniciativa coordenada por Catarina Viegas, que permitiu o contacto directo a um grupo de 10 alunos do curso de Arqueologia da FL-UL, com materais arqueológicos. Os estudantes realizaram no MNA a unidade curricular de Trabalho de Campo e Laboratório, na vertente de Laboratório, tendo tido acesso privilegiado aos diversos sectores de actividade do Museu.

Durante três semanas, puderam trabalhar num contexto semelhante ao que corresponde à investigação no MNA, tendo efectuado tarefas práticas de tratamento e inventariação de diferentes conjuntos romanos, complementando a unidade lectiva. Deste modo, procederam à criação de bases de dados, inventariação, classificação, desenho e contentorização dos materiais arqueológicos, acções realizadas em estreita articulação com o Serviço de Inventário e Colecções do Museu.

Recorda-se que na edição de 2013, houve a possibilidade de trabalhar um conjunto diversificado de materiais provenientes do sítio romano do Polvorinho (Castelo Branco), recorrendo à documentação escrita existente sobre as antigas colecções depositadas no MNA, e ficando também a conhecer a dificuldade e o desafio da inventariação das mesmas. Procedeu-se também à classificação de um conjunto de marcas de oleiro de terra sigillata de tipo itálico, obtidas pelo fundador do Museu, José Leite de Vasconcelos, numa viagem a Itália.

Os dados produzidos serão carregados futuramente na plataforma MATRIZ e disponibilizados ao público no Matriznet.

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